Quando foi criado em 1997 este imposto de nome muito grande e travestido de “contribuição”, a CPMF, que signifi ca Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira, o povo brasileiro foi contra. Ele já havia nascido torto, substituindo o IPMF - o Imposto Provisório sobre Movimentação Financeira - conhecido como Imposto do Cheque, de 1993.
Mas como a “causa” parecia boa - afinal era uma contribuição destinada especificamente ao custeio da saúde pública, com 100% da arrecadação para o Fundo Nacional de Saúde e, também, para a Previdência Social e para o Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza - comoveu parcela da população brasileira, que acabou por aceitar este desconto mais por imposição do que por opção.
Em dezembro de 2007 sua prorrogação foi rejeitada pelo Senado, graças ao apelo de milhões de brasileiros que viram que os recursos milionários arrecadados com este imposto nunca chegaram em sua totalidade para a área da saúde, para os hospitais públicos, atendimentos a pacientes etc. Era um engodo. De transitório, virou permanente.
Portanto, esta história o povo já conhece bem e está “vacinado” contra a medida que o governo federal julga ser a salvadora para combater o atual caos no sistema de saúde do Brasil. Um engodo. Durante todo o período de vigência da CPMF, o Ministério da Saúde teve dinheiro sufi ciente para construir centenas de hospitais no País inteiro. Pôde, também, remunerar melhor os profi ssionais da saúde e corrigir a tabela de pagamento dos serviços do SUS.
Acabo de ser reeleito para mais um mandato como deputado estadual. Minha expressiva votação reflete muito o trabalho que realizei neste período em defesa de várias bandeiras, principalmente no setor agropecuário, mas, também, porque sempre votei contra qualquer tipo de imposto que foi encaminhado pelo Executivo estadual.
E, agora, faço campanha junto aos deputados federais e senadores gaúchos para que não cometam este erro de aprovar a recriação da CPMF. Luto também pela diminuição da carga tributária exercida no Brasil, que é das maiores do mundo. O Impostômetro - equipamento que mede quanto o brasileiro já pagou de tributos no ano - alcançou a marca histórica de R$ 1,87 trilhão, ou R$ 1.475,00 por brasileiro. Destes, R$ 16 bilhões arrecadados apenas no Rio Grande do Sul. É muito imposto para pouco serviço público de qualidade.
Fonte: www.pmdb-rs.org.br
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